“Esse é um dia muito importante para o Brasil. Somente com união vamos alcançar o objetivo de combater a dengue e reduzir os focos do mosquito. Essa é a mensagem que o Presidente Lula sempre reforça: se não houver união, não haverá saúde. O SUS só existe com estados e municípios atuando conjuntamente”, declarou a ministra Nísia Trindade na manhã deste sábado (2), na solenidade do Dia D de mobilização contra a dengue, em Serra, no Espírito Santo. A iniciativa acontece em todo o país, reforçando as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Após a solenidade, a ministra seguiu para Salvador, onde visita as Obras Sociais Irmã Dulce e o Instituto Couto Maia, unidade de referência para casos de dengue agravados, que necessitam de assistência de média e alta complexidade.
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O Brasil vive um momento de atenção. O aumento no número de casos neste período do ano não era esperado, considerando as tendências históricas, que indicam o pico das epidemias entre março e abril. Os motivos para esta situação diferente do esperado têm raízes múltiplas, mas as alterações climáticas, em especial na época de chuvas, e a mudança nos sorotipos circulantes da dengue, são alguns dos principais fatores. Desde o início de 2024 até agora, um milhão de casos suspeitos de dengue foram notificados no país, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, destacou a importância das ações de prevenção e cuidado com a dengue, organizadas entre o poder público e a população, e lideradas pelo Ministério da Saúde. “Sua presença aqui é importante para que a gente possa fortalecer esse trabalho de prevenção, para evitar a picada do mosquito e, ao mesmo tempo, poder estar com toda a atenção devida nas unidades de saúde, com manejo clínico adequado para salvar pessoas”, disse em agradecimento à presença da ministra Nísia Trindade.
Foto: Julia Prado/MS
Segundo a ministra da Saúde, o Dia D é um dia de prevenção mas também da promoção da saúde. “O Ministério da Saúde voltou a ser o ministério do SUS, voltado ao cuidado das pessoas. A organização da rede do SUS é a nossa grande fortaleza. Nesse início de ano, outros problemas também preocupam e, por isso, estamos antecipando a vacinação contra a gripe. Não deixem de vacinar, é de suma importância manter a caderneta de vacinação sempre atualizada”, complementou Nísia.
Tradicionalmente realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, neste ano, a campanha de imunização contra a influenza terá início no dia 25 de março, em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país. A pasta negociou a entrega antecipada das vacinas, que estão previstas para serem distribuídas a partir do dia 20 para as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Em 2023, o governo federal mudou a estratégia da campanha para a região Norte e já imunizou a população entre novembro e dezembro, atendendo às particularidades climáticas da região.
A imunização previne contra os vírus que geralmente começam a circular em maio, junho e julho, explicou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel. “Mas desde o ano passado, estamos observando uma antecipação de circulação de vírus respiratórios em geral. Então, esse ano nós vamos antecipar a campanha para proteger a população, principalmente os idosos, as gestantes, os profissionais de saúde, da educação e todas as pessoas que são elegíveis, para que a gente possa estar com a população protegida antes do inverno”, detalhou.
A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A estimativa é que 75 milhões de pessoas sejam imunizadas. A pasta informa que a vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
Participe do Dia D contra a dengue!
Segundo o 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e o Levantamento de Índice Amostral (LIA) do Ministério da Saúde, 75% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos e outros).
Com apenas 10 minutos por semana, é possível deixar a dengue longe de casa:
Fonte: www.gov.br/saude
Foto: Julia Prado/MS0